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quarta-feira

Percepções, imagens e emoções.


A psicologia cognitiva trata do modo como as pessoas percebem, aprendem, recordam e pensam. A cognição pode ser definida como um conjunto de atividades e processos que tem como capacidade armazenar, transformar e aplicar o conhecimento.  Entre os processos cognitivos estão a memória, atenção, percepção, raciocínio, criatividade e resolução de problemas. 
Através da percepção um indivíduo organiza e interpreta as suas impressões sensoriais (por meio dos sentidos) para dar significado ao ambiente. A percepção do mundo é diferente para cada um de nós, cada pessoa percebe um objeto ou uma situação de acordo com aquilo que tem mais importância para si própria, o que interfere em seu comportamento e causa emoções.  
A percepção visual, no sentido da psicologia e das ciências cognitiva é uma de várias formas de percepção associadas aos sentidos. É o produto final da visão consistindo na habilidade de detectar a luz e interpretá-la. Consiste em reunir e ajustar as informações visuais e compará-las com as imagens mentais armazenadas.
Quando vemos uma imagem, outros sentidos também são ativados. Portanto, para alguns as imagens também têm cheiro, sabor, som, textura, recordações, e causam emoções. Trabalhar com as imagens é trabalhar também com as emoções, algumas nos fascinam, outras nos chocam, outras nos surpreendem. Elas podem nos revelar muitas coisas, mexerem com os sentimentos, despertar sonhos e trazer de volta lembranças boas ou ruins. 
Na prática clínica as imagens são usadas tanto no atendimento infantil, como meio simbólico na comunicação com a criança, como também no tratamento de transtornos da ansiedade como forma de superar situações já vividas e modificar crenças disfuncionais que são armazenas, também, como imagens mentais. (ver: Transtornos da Ansiedade)
A imagem é tudo aquilo que representa algo para alguém. São tipos de porta para outra dimensão, a dos sonhos, dos desejos, das fantasias. É uma dimensão que não está diretamente presente na vida das pessoas. Para Santaella e Noth (1988, p.15), "O mundo das imagens se divide em dois domínios. O primeiro é o domínio das imagens como representações visuais: desenho, pinturas, gravuras, fotografias e as imagens cinematográficas, televisivas, holo e infográficas pertencem a esse domínio. Imagens, nesse sentido, são objetos materiais, signos que representam o nosso meio ambiente visual. O segundo é o domínio imaterial das imagens na nossa mente. Neste domínio, imagens aparecem como visões, fantasias, imaginações, esquemas, modelos ou, em geral, como representações mentais." 


Fonte: BICAS, Harley E. A.; MATSUSHIMA, Elton H.  and  SILVA, José Aparecido Da. Visão e percepção visual. Arq. Bras. Oftalmol. [online]. 2003, vol.66, n.5, suppl., pp. 5-8. ISSN 0004-2749.  http://dx.doi.org/10.1590/S0004-27492003000600001. 
VIEIRA, André Guirland  and  SPERB, Tania Mara. O brincar simbólico e a organização narrativa da experiência de vida na criança. Psicol. Reflex. Crit. [online]. 2007, vol.20, n.1, pp. 9-19. ISSN 0102-7972.  http://dx.doi.org/10.1590/S0102-79722007000100003. 
REMOR, Eduardo Augusto. Tratamento psicológico do medo de viajar de avião, a partir do modelo cognitivo: caso clínico. Psicol. Reflex. Crit. [online]. 2000, vol.13, n.1, pp. 205-216. ISSN 0102-7972.  http://dx.doi.org/10.1590/S0102-79722000000100021.
ARAUJO,Luís Fernando. Revista de Humanidades, Tecnologia e Cultura. O perceber na imagem e imaginação. n. 01.vl. 02, 2011.



Para saber mais: Veja algumas imagens:
http://scrapp.com.br/flaviodenoronha.com/1.html

terça-feira

TDA/H - Que diagnóstico é esse tão usado?!



O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDA/H) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e com frequência acompanha o indivíduo por toda a sua vida afetando 5% da população. O indivíduo que tem TDA/H é inteligente, criativo e intuitivo, porém não consegue realizar todo seu potencial em função das suas três principais características: hiperatividade, impulsividade e distúrbios da atenção.
Muitas crianças são diagnosticadas com hiperatividade erroneamente e acabam tomando remédio como a Ritalina (tarja preta) para justificar o mau desempenho escolar e comportamentos inadequados. Para muitos pais rotular o filho com esse transtorno acaba sendo mais relevante e o remédio pode então, resolver tudo. Escolas estão diagnosticando cada vez mais seus alunos com TDA/H porque os professores não conseguem controlar os bagunceiros e o “sossega leão” acaba sendo um aliado.  Mas para a criança isso pode ter consequências ruins como autoestima baixa, depressão, retardo no crescimento ao romper os ciclos dos hormônios de crescimento, sofrimento emocional (quando interrompido), além de danos cerebrais irreversíveis. Os familiares devem ficar atentos a esse diagnóstico tão comum hoje em dia.
Existem três tipos de TDA/H. De acordo com o DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 4º Ed) suas características são:
Transtorno de déficit de atenção com predomínio do sintoma de desatenção:
São necessárias 6 entre 9 características.
  • Deixar de prestar atenção a detalhes ou cometer erros por descuido em atividades escolares, de trabalho ou outras.
  • Ter dificuldade, nas tarefas ou atividades lúdicas, em manter a atenção no que faz.
  •  Distrair-se e não escutar quando lhe dirigem a palavra. 
  • Ter dificuldade em seguir instruções e terminar deveres escolares, tarefas domésticas ou deveres profissionais, sendo que esta dificuldade não se deve à incapacidade de compreender as instruções e nem por um comportamento de oposição à autoridade. 
  • Ter dificuldade para organizar tarefas e atividades. 
  • Evitar ou antipatizar tarefas que exijam esforço mental constante, como tarefas escolares, estudos, deveres de casa ou do trabalho. E só com relutância envolver-se nelas. 
  • Perder brinquedos, lista de deveres escolares, lápis, livros ou outros materiais, que são necessários para tarefas ou atividades.
  • Os estímulos alheios facilmente o distraem das tarefas em que está engajado.
  •  Apresenta dificuldades para se lembrar de coisas necessárias em atividades diárias. 
Transtorno de déficit de atenção com predomínio do sintoma de hiperatividade e impulsividade:
São necessárias 6 entre 9 características.
  • Agitar mãos ou pés ou se remexer na cadeira constantemente sem razão aparente.
  • Em situações nas quais se espera que permaneça sentado, como na aula, igreja, no almoço ou outra atividade, abandona sua cadeira diversas vezes.
  • Agitar-se, correndo ou escalando de forma inapropriada para a situação. Para os adolescentes e adultos podem ocorrer apenas sensações subjetivas de inquietação. 
  • Demonstrar dificuldade para brincar ou envolver-se silenciosamente em atividades de lazer.
  • Estar sempre agitado, "a mil por hora" ou às vezes agindo como se estivesse "a todo vapor".
  • Falar demais, além do adequado.
  • Dar respostas precipitadas, antes mesmo das perguntas terem sido completadas.
  • Ter dificuldade para aguardar sua vez.
  • Interromper ou intrometer-se em conversas ou brincadeiras de outros sem ser convidado.
Transtorno de déficit de atenção combinado:
Quando há características da desatenção, hiperatividade e impulsividade em conjunto.
A terapia cognitiva-comportamental é eficaz no tratamento de TDA/H quando corretamente diagnosticado, pois ajuda em aprender estratégias para manejar o transtorno, reduzir o impacto dos sintomas, aumentar a adesão aos medicamentos, reduzir o stress, aumentar a regularidade de dormir, melhorar as condições de aprendizado, desenvolver um autoconceito mais realista e duradouro, preservar a autoestima e a solucionar problemas relacionados ao transtorno. A Ritalina é usada sem problemas quando o diagnóstico é confirmado pois se trata de um transtorno neurobiológico.



Fonte: Diagnnóstico e estatístico de transtornos mentais. 4a edição. Porto Alegre: Artes Médicas; 1995
SOUZA, Isabella G. S. de; SERRA-PINHEIRO, Maria Antônia; FORTES, Didia  and  PINNA, Camilla. Dificuldades no diagnóstico de TDAH em crianças. J. bras. psiquiatr. [online]. 2007, vol.56, suppl.1, pp. 14-18. ISSN 0047-2085.  http://dx.doi.org/10.1590/S0047-20852007000500004
MEIRA, Marisa Eugênia Melillo. Para uma crítica da medicalização na educação. Psicol. Esc. Educ. [online]. 2012, vol.16, n.1, pp. 136-142. ISSN 1413-8557.  http://dx.doi.org/10.1590/S1413-85572012000100014. 


Para saber mais:

quinta-feira

Emagrecer reeducando os pensamentos!



É difícil encontrar uma pessoa que não queira perder alguns quilos para ficar em forma e satisfeita com seu próprio corpo. O padrão de beleza que a sociedade atualmente representa também influência nessa questão. Perder alguns quilos para entrar em forma não é tão difícil para algumas pessoas, mas quando se fala em obesidade tudo muda e fica mais preocupante para outros.
A obesidade tem sido classificada como um dos maiores problemas em saúde pública chegando a gastar grande parte das verbas nos tratamentos decorrentes dela como, diabetes e hipertensão arterial. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (World Health Organization, 1997) pode-se caracterizar a obesidade como uma epidemia mundial. Calcula-se que agora são 300 milhões de obesos no mundo podendo chegar a 600 milhões em 2025. No Brasil, 13,9% da população são obesos, 7,3 atinge as crianças sendo mais comum em mulheres do que homens. Fatores genéticos influenciam o início e a manutenção da obesidade, mas fatores psicológicos e sócio-culturais também interferem criando um ambiente facilitador para esse quadro. 
Indivíduos obesos ou com sobrepeso apresentam crenças disfuncionais (pensamentos distorcidos, ver: O que é terapia cognitiva) sobre a alimentação e o peso. O ato de comer e fazer dieta influencia o comportamento e causam emoções. Isso resulta em sentimentos de culpa, ansiedade, raiva, estresse, tristeza e impotência, podendo também desenvolver outros problemas psicológicos. 
Para um tratamento eficaz é muito importante ter um acompanhamento multidisciplinar (psicológico nutricional e médico). Além dos variados tratamentos psicológicos existentes, pretende-se aqui apresentar a Terapia Cognitiva-Comportamental (TCC) no tratamento para obesidade.
Baseando-se no livro Pense Magro – A Dieta Definitiva de Beck, escrito pela psicóloga americana Judith T. Beck e filha do fundador da terapia cognitiva Aaron T. Beck (ver: Aaron T. Beck) pode-se compreender melhor a "dieta do pensamento".
A dieta definitiva de Beck é um programa psicológico e não uma dieta alimentar. Ela não diz o que comer, pelo contrário, propõe-se mudar a maneira de pensar em relação à comida. O objetivo é parar de "pensar gordo" e começar a "pensar magro".
Para Judith T. Beck se a pessoa mudar seus pensamentos terá ótimos resultados em qualquer dieta nutritiva de sua escolha e possivelmente manterá o peso em longo prazo.
O que se identifica nos pensamentos distorcidos, característicos das pessoas com sobrepeso, é que elas não sabem pensar como as pessoas magras, como por exemplo. diferenciar a fome da vontade de comer.
Os chamados pensamentos sabotadores são os vilões das inúmeras dietas mal sucedidas das pessoas que tentam emagrecer e não conseguem, ou não escapam do chamado "efeito sanfona".
Exemplos de pensamentos sabotadores:
  • Sei que não deveria comer isso, mas não me importo.
  • Se eu comer isto só dessa vez não vai ter problema.
  • Tive um dia tão difícil. Mereço comer o que quiser.
  • Não consigo resistir a essa comida.
  • Já que comi o que não devia, vou continuar comendo até o fim do dia.
  • É muito difícil, não quero continuar fazendo dieta.
  • Nunca vou emagrecer.
A terapia vai ajudar a identificar a maneira de pensar sobre os alimentos. Se a pessoa puder identificar estímulos que provocam os pensamentos sabotadores e que a levam a comer de maneira inadequada, poderá minimizar sua exposição a eles e mudar a forma de enfrentá-los.
Já se sabe que, os resultados obtidos pelas pessoas que fazem dietas acompanhadas com um tratamento psicológico são mais eficazes e duradouros evitando principalmente futuros distúrbios alimentares. (ver: Transtornos Alimentares)
O que também se torna muito comum na obesidade é a pessoa recorrer à cirurgia bariátrica (redução de estômago), o que impede posteriormente a ingestão de grandes quantidades de alimento levando à perda de peso. O que continua sendo um problema, nesse caso, é que a pessoa não muda sua postura em relação à alimentação, causando muitas vezes depressão, frustração e até ganho de peso futuro. Nessa questão a terapia também é essencial para a boa saúde emocional de quem passa pela cirurgia bariátrica, ajudando-a  nos processos pré-operatórios e melhorando os resultados pós-operatórios. 
Portando, seja qual for a maneira escolhida para emagrecer, o acompanhamento psicológico torna os resultados melhores e também evita futuras recaídas.

Fonte: MARCHESINI, Simone Dallegrave. Acompanhamento psicológico tardio em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica. ABCD, arq. bras. cir. dig. [online]. 2010, vol.23, n.2, pp. 108-113. ISSN 0102-6720.  http://dx.doi.org/10.1590/S010267202010000200010.
BECK S J. Pense Magro: a dieta definitiva de Beck. Ed artmed. 2009.
PEREIRA, M. O. Pense magro: treine seu cérebro a pensar como uma pessoa magra. A dieta definitiva de Beck. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, 30(2), 159- 160, 2008.


Para saber mais:
http://goo.gl/FmmRB
Calcule seu Índice de Massa Corporal:
http://goo.gl/aBnMX

sexta-feira

O olhar dos pais no crescimento dos seus filhos.


Cada família tem sua característica própria nas relações entre pais e filhos. Grande parte dessa personalidade vem da criação que os pais tiveram na infância e o tipo de formação e desenvolvimento existentes no ambiente familiar em que viviam. Muito dessa instrução que os pais receberam na infância será repassada aos seus filhos da mesma maneira ou da maneira oposta do que foi vivido.
Através dessas observações, diferentes pesquisas destacam a importância das práticas e dos estilos parentais (dos pais) para a compreensão da família principalmente no desenvolvimento da criança e do adolescente.
A prática parental se resume como a maneira em que os pais encontram de socializar seus filhos. Corrigindo os comportamentos da criança para alcançar princípios morais e garantir a independência, a autonomia e a responsabilidade dos mesmos (utilizando o controle, disciplina, valores e objetivos). O estilo parental além de inclui as práticas parentais, caracteriza-se pelo modo em que a relação pais/filhos é vivida (por exemplo: tom de voz, afeto, atenção), gerando um clima emocional familiar.
Para os psicólogos é de extrema importância conhecer o meio emocional familiar e as consequências que isso pode ter no desenvolvimento da criança. Pode-se dizer que as características comportamentais e psicológicas variam em função da união entre as práticas e a influência dos estilos parentais. Isso explicaria por que o uso de práticas iguais, por famílias com estilos parentais diferentes, geram resultados diferentes nos comportamentos infantis.
Alguns testes foram feitos para facilitar a comunicação e o andamento da terapia entre pais e psicólogos com o objetivo de reconhecer qual o estilo parental que os pais que procuram ajuda terapêutica se identificam.
Jeffrey Young, psicólogo que criou a terapia focada nos esquemas (baseada na terapia cognitiva de Aaron Beck; ver: Fundador da Terapia Cognitiva e O que é a Terapia Cognitiva) desenvolveu alguns testes que identificam os estilos parentais. Para ele os esquemas são definidos como crenças e sentimentos tomados como verdades sobre si mesmo e sobre o mundo. Eles se desenvolvem principalmente na infância e na adolescência e a realidade é interpretada através das experiências que influenciam as interpretações futuras. Quando esses esquemas se tornam incompatíveis com a realidade podem causar vários problemas psicológicos, sociais e familiares.
Na terapia dos esquemas de Young existem cinco categorias de esquemas disfuncionais baseados nas necessidades emocionais que não são atendidas na infância. Eles podem identificar qual o estilo parental que uma pessoa se identifica, baseando-se nas características de sua família de origem.  Eles são:
  1. Desconexão e Rejeição: Falta de vínculos seguros e satisfatórios com outras pessoas. As famílias de origem apresentam instabilidade, frieza e rejeição. As pessoas criadas nesse meio tendem a passar de um relacionamento autodestrutivo a outro ou evitam relacionamentos íntimos, pois acreditam que suas necessidades não serão atendidas. Quando se tornam pais, podem repetir essas dificuldades de relacionamento com seus filhos, privando-os emocionalmente, abandonando-os e dificultando as interações sociais deles com outras pessoas.
  2. Autonomia e Desempenho prejudicados: Esquemas relacionados à falta de experiências relacionadas à independência. As famílias de origem criaram um vínculo de dependência muito grande com a criança que não teve muitas experiências sozinhas ou sem a ajuda dos pais. As pessoas criadas nesse meio desenvolvem um sentimento de insegurança, fracasso e incompetência. Quando se tornam pais, podem apresentar dificuldades de lidar com situações simples na criação de seus filhos como birras até resfriados.
  3. Limites prejudicados: Esquemas relacionados à falta de desenvolvimento de limites internos adequados. As famílias de origem não deram limites à criança, sendo permissivas e tolerantes demais. As pessoas criadas nesse meio são muitas vezes egoístas, mimadas, irresponsáveis ou narcisistas. Quando se tornam pais, sempre colocam a culpa do mau comportamento de seus filhos na escola ou em outra pessoa, pois acreditam que são perfeitas na educação de seus filhos. Tendem a repetir a mesma criação que tiveram com seus filhos.
  4. Direcionamento para o outro: Esquemas relacionados à falta de liberdade de escolha. As famílias de origem não deram à criança a liberdade de seguir suas vontades e desejos. Sendo que essa criança obteve amor e atenção somente quando atendia às vontades dos seus pais, perdendo sua naturalidade. Pessoas criadas nesse meio geralmente atendem exageradamente às necessidades dos outros em nome de aprovação. Quando se tornam pais, se libertam e têm uma dificuldade na educação de seus filhos, pois acham que estão sempre se sacrificando demais pelo outro e cobram atenção e aprovação de seus pares e/ou filhos.
  5. Supervigilância e Inibição: Esquemas relacionados à  falta de expressão emocional e reconhecimento. As famílias de origem geralmente são inflexíveis tendo uma postura crítica ou punitiva exagerada. Pessoas criadas nesse meio negam seus sentimentos e espontaneidade para conseguirem seu objetivo ideal chegando à perfeição, mesmo que custe sua felicidade, seus relacionamentos e até mesmo sua saúde. Quando se tornam pais, costumam ser duros e rígidos com seus filhos, exigindo altos padrões de desempenho. Um exemplo seria questionar a criança que tirou 9,2 em uma prova valendo 10 por sua falha de não ter tido o desempenho total ao invés de parabenizá-lo pelo ótimo resultado.
Esse tipo de definição parental é muito importante para que os pais reconheçam qual o seu olhar em relação a uma boa criação e educação para seus filhos e como se comportam nessa tarefa. 
A identificação parental ajuda o terapeuta na escolha de uma melhor intervenção para o tratamento e ajuda principalmente a criança, que terá um desenvolvimento mais adequado e preventivo de futuros problemas em sua vida adulta.


Fonte: CAMINHA, M.G. & CAMINHA, R.M. (2011) Intervenções e Treinamento de Pais na Clínica Infantil. Porto Alegre, Ed. Sinopsys.
CAZASSA, Milton José  and  OLIVEIRA, Margareth da Silva. Terapia focada em esquemas: conceituação e pesquisas. Rev. psiquiatr. clín. [online]. 2008, vol.35, n.5, pp. 187-195. ISSN 0101-6083.  http://dx.doi.org/10.1590/S0101-60832008000500003. 




segunda-feira

Aos Pais !



"Dê a quem você ama: asas para voar, raízes para voltar e motivos para ficar" DALAI LAMA

Acesse os links: 

http://goo.gl/P8pcq
http://goo.gl/FF1c9


PICA



A principal característica da PICA é a preferência em comer substâncias não comestíveis e não nutritivas como: terra, pedra, cabelo, fezes, entre outros. Cada tipo de substância é classificado por um nome diferente, por exemplo; Pagofagia (cabelo), Coprofagia (fezes), Gooberfagia (batatas cruas), Geofagia (terra ou barro), Plumbogia (casca de tinta ou esmalte).
Esse transtorno é mais comum em crianças, mulheres grávidas e pessoas com deficiência mental. Ocorre em crianças entre 1 a 6 anos e pode desaparecer com a idade. As causas específicas ainda são desconhecidas, mas especialistas acreditam que a PICA pode estar relacionada ao descuido entre pais e filhos sendo que as necessidades orais não são satisfeitas. Outra justificativa pode estar relacionada à falta de nutrientes como, por exemplo, o ferro. Além dos comportamentos diferentes de comer coisas estranhas em casa os pais e professores devem estar atentos à escola observando se a criança come lápis, tinta, areia e/ou outras substâncias.
Os critérios para um diagnóstico são:
  • Ingestão de substâncias não nutritivas por um período de pelo menos um mês;
  • Comportamento impróprio em termos evolutivos (ao desenvolvimento do indivíduo);
  • Não deve fazer parte de uma prática cultural;
  • Se o comportamento ocorre exclusivamente durante um transtorno mental.
Os fatores que podem aumentar o risco do desenvolvimento desse transtorno são:
  • Deficiência nutricional: ferro ou zinco;
  • Dieta: pessoas que fazem dieta podem tentar acalmar o desejo de fome ao comer substâncias não comestíveis para obter a satisfação de saciedade;
  • Má nutrição: comum em países subdesenvolvidos, onde as pessoas com PICA comem terra ou barro;
  • Fatores culturais: em famílias, religiões, ou grupos em que comer substâncias não comestíveis é uma prática não aprendida.
  • Deficiência mental
O tratamento da PICA deve ser multiprofissional, incluindo na equipe médicos, psicólogos e nutricionistas. A suplementação nutricional, a orientação alimentar e o tratamento psicológico devem ser combinados, para que se alcancem os melhores resultados. Ainda há muito o que ser estudado sobre esse transtorno que causa prejuízos no desenvolvimento da criança e na saúde da pessoa.


Fonte: Diagnnóstico e estatístico de transtornos mentais. 4a edição. Porto Alegre: Artes Médicas; 1995
KACHANI, Adriana Trejger  and  CORDAS, Táki Athanássios. Da ópera-bufa ao caos nosológico: pica. Rev. psiquiatr. clín. [online]. 2009, vol.36, n.4, pp. 162-169. ISSN 0101-6083.  http://dx.doi.org/10.1590/S0101-60832009000400006
APPOLINARIO, José Carlos  and  CLAUDINO, Angélica M. Transtornos alimentares. Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 2000, vol.22, suppl.2, pp. 28-31. ISSN 1516-4446.  http://dx.doi.org/10.1590/S1516-44462000000600008. 


Para saber mais:


quinta-feira

Transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP)


O Transtorno de a compulsão alimentar periódica (TCAP) ou transtorno da compulsão alimentar (TOC) tem com principal característica a compulsão alimentar, que por sua vez, se define por episódios em que uma pessoa come uma enorme quantidade de alimento (chegando a 10.000 calorias de uma vez só) em um curto intervalo de tempo causando a sensação de perda de controle sobre o seu comportamento alimentar. Diferente de outros transtornos alimentares como, por exemplo, a Bulimia, no TCAP não há a  qualquer comportamento de compensação para evitar um possível ganho de peso.
Estudos descrevem um predomínio de TCAP em 2% da população geral e cerca de 30% de obesos que procuram ajuda especializada para o tratamento da obesidade, ou seja, não se limita a uma população obesa, qualquer pessoa pode sofrer desse transtorno.
As principais causas são:
  • Fatores genéticos (história de transtorno alimentar e (ou) outros (transtorno de ansiedade, depressão);
  •  Fatores socioculturais (extrema valorização corporal);
  • A cobrança exagerada para o controle alimentar por parte dos familiares, o controle insistente sobre a dieta, críticas corporais e comparativas;
  • Traços da personalidade e fragilidades emocionais.
A base de diagnóstico para TCAP proposto pelo DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 4º Ed.) exige algumas características, sendo que muitas delas se referem à compulsão alimentar. São elas:
  • Ingestão, em um curto período de tempo de uma quantidade de alimentos definitivamente maior do que a maioria das pessoas consumiria no mesmo tempo;
  • Sentimento de falta de controle (por exemplo, um sentimento de não conseguir parar ou controlar);
  •  Comer muito e rápido demais;
  •  Comer até sentir-se incomodado de tão cheio;
  •  Comer grandes quantidades de alimentos, quando não está fisicamente com fome;
  •  Comer sozinho por vergonha devido à quantidade de alimentos que consome;
  • Sentir raiva de si mesmo, depressão ou culpa após comer exageradamente;
  • Alta angústia relativa à compulsão alimentar;
  • A compulsão alimentar ocorre, pelo menos, dois dias por semana, durante seis meses;
  • Não ocorrem comportamentos de compensação (ex: induzir o vômito, tomar laxantes ou diuréticos).
Os tratamentos com antidepressivos e as psicoterapias combinadas parecem ser mais eficazes. A terapia cognitiva mostra-se eficiente na redução da frequência da compulsão alimentar e no desaparecimento dos sintomas. São observadas também melhoras na autoestima, nas dificuldades interpessoais, no humor e na qualidade de vida, além de um aumento do sentimento subjetivo de bem–estar, porém com sem reduções significativas no peso corporal.
Todo transtorno gera sofrimento. Por isso, é muito importante procurar um tratamento e adquirir uma melhor qualidade de vida e saúde. Não deixe de procurar ajuda!



Fonte: PAPELBAUM, Marcelo  and  APPOLINARIO, José Carlos. Transtorno da compulsão alimentar periódica e transtorno obsessivo-compulsivo: partes de um mesmo espectro?. Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 2001, vol.23, n.1, pp. 38-40. ISSN 1516-4446.  http://dx.doi.org/10.1590/S1516-44462001000100010. 
Diagnnóstico e estatístico de transtornos mentais. 4a edição. Porto Alegre: Artes Médicas; 1995
AZEVEDO, Alexandre Pinto de; SANTOS, Cimâni Cristina dos  and  FONSECA, Dulcineia Cardoso da. Transtorno da compulsão alimentar periódica. Rev. psiquiatr. clín. [online]. 2004, vol.31, n.4, pp. 170-172. ISSN 0101-6083.  http://dx.doi.org/10.1590/S0101-60832004000400008. 


Para saber mais:


quarta-feira

Bulimia

A Bulimia se caracteriza pela preocupação exagerada com o corpo, no caso, em perder peso. A pessoa apresenta um comportamento repetitivo de comer em uma grande quantidade (mais que uma pessoa normal conseguiria no mesmo tempo) e em seguida induz o vômito ou utiliza laxantes, diuréticos, exercícios intensos, jejum e dietas inadequadas. Como na anorexia, a bulimia também ocorre com mais frequência em mulheres entre 18 a 48 anos, mas se torna diferente por envolver grande variação de peso, a destacando que a vontade de comer existe e o transtorno está mais associado à depressão do que a ansiedade.
As causas que levam e esse transtorno não são bem definidas, mas cientistas acreditam que a insatisfação com o próprio corpo e a grande preocupação com a forma física seja uma das principais razões. Além disso, histórico familiar, fatores sociais, e características de personalidade também contribuem. 
Os pensamentos e os fatores psicológicos relacionados à bulimia são:
  • Baixa autoestima;
  • Pensamento do tipo “tudo ou nada”; 
  • Alta ansiedade;
  • Perfeccionismo;
  • Dificuldade de encontrar formas saudáveis de obter prazer e satisfação;
  • Muito críticos;
  • Muito exigentes;
  • Insatisfação constante.
Os principais sintomas além dos episódios de comer muito e depois induzir o vômito e/ou tomar laxantes são:
  • Problemas nos dentes e gengivas;
  • Desidratação;
  • Fadiga;
  • Ressecamento da pele;
  • Alterações na frequência cardíaca;
  • Irregularidade ou perda da menstruação;
  • Gripes e resfriados;
  • Depressão ou oscilações de humor.
Para saber se um conhecido pode estar sofrendo de bulimia fique atento há alguns sinais:
  • Ir para o banheiro logo após as refeições;
  • Usam laxantes e diuréticos com frequência;
  • Come muito, mas não engorda;
  • Problemas dentários;
  • Fala constantemente sobre dietas;
  • Faz exercício durante horas;
  • Preocupação excessiva com o próprio peso.
A terapia cognitiva comportamental mais o tratamento nutricional são muito eficazes e em alguns casos, o uso de antidepressivos ajuda bastante nos resultados.
Os pacientes tentam esconder os sintomas e são resistentes ao tratamento. Portanto é importante observar os comportamentos que são diferentes do normal, tentar da melhor maneira conversar com a pessoa sobre o assunto e procurar a ajuda profissional.
A bulimia e a anorexia ainda são os problemas psicológicos que mais levam á morte.


Fonte: BACALTCHUK, Josué  and  HAY, Phillipa. Tratamento da bulimia nervosa: síntese das evidências. Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 1999, vol.21, n.3, pp. 184-187. ISSN 1516-4446.  http://dx.doi.org/10.1590/S1516-44461999000300012. 

CORDAS, Táki Athanássios. Transtornos alimentares: classificação e diagnóstico. Rev. psiquiatr. clín. [online]. 2004, vol.31, n.4, pp. 154-157. ISSN 0101-6083.  http://dx.doi.org/10.1590/S0101-60832004000400003.

LEAHY, Robert L. (org). Terapia cognitiva contemporânea: teoria,pesquisa e prática. Porto Alegre: Artmed, 2010.  
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Classificacao de transtornos mentais e de comportamento da cid-10: casos clinicos de adultos - as varias faces dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. 230 p. ISBN 85-7307-330-6



Para saber mais:




terça-feira

Anorexia


Esta é Isabelle Caro, modelo francesa que lutou por muitos anos contra a anorexia. Em 2007 participou de uma campanha polêmica contra a doença em plena semana da moda em Milão e em 2008 lançou seu livro "A menina que não queria engordar" onde relata sua luta contra a doença que se iniciou nos seus 13 anos de idade. Isabelle chegou a pesar entre 25 kg e 33 kg com uma altura de 1,65 m. Infelizmente sua luta contra a anorexia terminou em 2010 quando faleceu. 
Isabelle é apenas um exemplo de tantas outras pessoas que sofrem dessa doença. Seu destaque aqui é por ter se mostrado ao mundo e exposto sua vida para que sirva de exemplo e impeça outras meninas de seguir o mesmo caminho, que muitas vezes não tem volta.
A anorexia é um transtorno alimentar que se caracteriza pela perda de peso induzida e mantida pela pessoa. Ocorre geralmente em garotas adolescentes e mulheres jovens, mas homens jovens também podem desenvolver a anorexia, mesmo que seja em números bem menores. Nas mulheres o ciclo menstrual pode até ser comprometido, ou seja, ela pára de menstruar.
As causas mais evidentes estão relacionadas aos fatores socioculturais (magreza como beleza social), características da personalidade e fatores biológicos.
Para um diagnóstico correto é importante avaliar os seguintes tópicos:
  • O peso do corpo é pelo menos 15% menor do que o normal e esperado;
  • A perda de peso é induzida, havendo uma evitação em comer alimentos que engordam e muitas vezes é seguida de vômitos;
  • Exercícios em excesso e uso de remédios para emagrecer (também os diuréticos e laxantes);
  • Há uma distorção da imagem corporal
  • Pode haver sintomas depressivos ou obsessivos
A cada quilo perdido as pacientes com anorexia dizem aumentar sua autoestima, por isso são resistentes ao tratamento principalmente pelo medo que as mudanças exigidas durante o processo às façam engordar novamente. A doença também causa problemas emocionais, físicos e sociais que dificultam o entendimento delas para com a doença e consequentemente o seu tratamento.
As características psicológicas mais comuns são:
  • Baixa autoestima
  • Sentimento de desesperança
  • Desenvolvimento insatisfatório da identidade
  • Tendência a buscar aprovação externa
  • Extrema sensibilidade a críticas
  • Conflitos relativos aos temas autonomia versus dependência
Pensamentos para justificar o não tratamento como, “sou mais respeitada e recebo mais elogios” ou  “me sinto mais confiante e capaz quando estou magra” são frequentes nas pessoas com esse problema.
Neste sentido, os objetivos da terapia cognitiva são o desenvolvimento gradual, pelo cliente, da habilidade de melhor responder às pressões ambientais desafiadoras e a modificação emocional (e não somente o pensamento negativo) quanto ao comer e à forma e peso do corpo. Como as reações emocionais são as companheiras mais antigas e presentes na vida humana (afetando a memória, o humor e a habilidade em resolver tarefas), sua compreensão e regulação torna-se um dos objetivos mais desejados nesta forma de psicoterapia (Abreu e Roso, 2003).
Mesmo havendo uma grande resistência ao tratamento ainda há esperança que, quando feito, a melhora é significativa.
A família deve ficar atenta às mudanças de comportamento da pessoa e procurar quanto antes à ajuda médica, psicológico e nutricional.


Fonte:  LEAHY, Robert L. (org). Terapia cognitiva contemporânea: teoria,pesquisa e prática. Porto Alegre: Artmed, 2010.  
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Classificacao de transtornos mentais e de comportamento da cid-10: casos clinicos de adultos - as varias faces dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. 230 p. ISBN 85-7307-330-6

KACHANI, Adriana Trejger  and  CORDAS, Táki Athanássios. Anorexia nervosa e retardo mental. J. bras. psiquiatr. [online]. 2011, vol.60, n.1, pp. 57-63. ISSN 0047-2085.  http://dx.doi.org/10.1590/S0047-20852011000100011. 

FERRERO, Andrea. Reflexiones sobre la anorexia. Psicol. estud. [online]. 2009, vol.14, n.1, pp. 47-55. ISSN 1413-7372.  http://dx.doi.org/10.1590/S1413-73722009000100007. 



Para saber mais:



segunda-feira

Transtornos Alimentares

Os transtornos alimentares são comportamentos alimentares que causam graves prejuízos à saúde de uma pessoa. São perturbações que podem levar ao emagrecimento exagerado ou à obesidade. Quem nunca viu alguém extremamente magrao se recusar a aceitar uma mordida de uma comida deliciosa porque está de regime? Ou quem nunca viu uma pessoa acima do peso que só pensa em comer ou está sempre comendo em grandes quantidades? Cerca de 30%dos adultos obesos sofrem de transtorno de compulsão alimentar. Enquanto alguns buscam o corpo "perfeito" outros utilizam a comida para se sentir bem e esquecer problemas. A visão do alimento, unicamente como fonte de energia e nutrientes tornou-se antiquado quanto à sua importância emocional e social na vida das pessoas. A taxa de mortalidade para portadores de transtornos alimentares é maior do que para qualquer outro transtorno psicológico. 
Os transtornos aparecem geralmente na primeira infância ou na adolescência sendo mais comum em mulheres. Entre os fatores que contribuem para o desenvolvimento desses transtornos, estão: 
  • Histórico do transtorno na família (filhos de mães com transtornos alimentares têm 50% de chance de desenvolverem algum transtorno psiquiátrico); 
  • Situação familiar, 
  • Características de personalidade (ansioso, impulsivo, dificuldade afetiva, perfeccionista, obsessivo, baixa autoestima);
  • Padrão social pela magreza;
  • Experiência de abuso sexual e traumas.
Entre os transtornos alimentares os principais são: 
  • Anorexia; 
  • Bulimia;
  • Transtorno da  compulsão alimentar periódica (TCAP);
  • Pica;
  • Transtorno obsessivo compulsivo por alimentos.
Características comuns entre esses transtornos são: 
  • Dietas rigorosas, pensamentos recorrentes sobre comida, sobre forma e peso corporais; 
  • Perda de controle sobre a alimentação; 
  • Medo de engordar;
  • Transtornos emocionais (depressão, ansiedade).
Existe uma grande chance do desenvolvimento de outras patologias relacionadas com os transtornos alimentares como, a depressão, a ansiedade e dependência química além de outros transtornos relacionados à personalidade.
O tratamento deve ser multidisciplinar (médico, nutricional e psicológico), para que se possa chegar a um peso mais saudável, diminuir a influência dos fatores psicológicos que mantêm o comportamento e em alguns casos o uso de medicamentos é favorável.
Cada transtorno é definido no blog como também a forma de tratamento na terapia cognitiva.



Fonte: LEAHY, Robert L. (org). Terapia cognitiva contemporânea: teoria,pesquisa e prática. Porto Alegre: Artmed, 2010.  
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Classificacao de transtornos mentais e de comportamento da cid-10: casos clinicos de adultos - as varias faces dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. 230 p. ISBN 85-7307-330-6

APPOLINARIO, José Carlos  and  CLAUDINO, Angélica M. Transtornos alimentares. Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 2000, vol.22, suppl.2, pp. 28-31. ISSN 1516-4446.  http://dx.doi.org/10.1590/S1516-44462000000600008. 

CORDAS, Táki Athanássios. Transtornos alimentares: classificação e diagnóstico. Rev. psiquiatr. clín. [online]. 2004, vol.31, n.4, pp. 154-157. ISSN 0101-6083.  http://dx.doi.org/10.1590/S0101-60832004000400003. 


Para saber mais: