O transtorno da personalidade
esquiva (TPE) é caracterizado por uma grande evitação comportamental, emocional
e cognitiva, afim de, aliviar a ansiedade e situações difíceis. Isso acontece
porque as pessoas esquivas têm um grande medo à rejeição. São pessoas que
possuem uma autodesvalorização, atribuídas por crenças negativas sobre si
mesmo, provocando uma hipersensibilidade à avaliação negativa do outro. Geralmente quando crianças podem ter tido, através de pessoas
consideráveis (pais, professores, amigos, irmãos), muitas críticas e rejeições.
Desenvolveram assim, experiências que formaram ideias de inferioridade e
incapacidade como: “Eu sou inadequado”; “Eu tenho defeitos”; “Eu sou diferente”;
“As pessoas vão me rejeitar”.
Apesar de evitarem muitos
contatos, as pessoas com TPE têm o desejo por afeto e amizade, mas é comum que
tenham poucos amigos, pois, temem a rejeição. Por isso não aprofundam as relações
com os outros, isso quando há o início de uma relação interpessoal. Esse medo
provoca nessas pessoas tristeza, ansiedade e solidão. Geralmente procuram
terapia por depressão (ver: Depressão), transtornos da ansiedade (ver: Transtornos da ansiedade), abuso de substâncias,
transtornos do sono ou queixas relacionadas ao estresse.
Os pacientes esquivos têm crenças
negativas sobre si mesmos, os outros e as experiências emocionais
desagradáveis, possuindo baixa tolerância à disforia (indisposição e mal-estar).
Para não sentirem incomodados, socialmente, evitam situações em que as pessoas
possam se aproximar e descobrir seu “verdadeiro” eu. Em termos comportamentais,
evitam tarefas que possam gerar pensamentos desagradáveis. E cognitivamente,
evitam pensar sobre questões que provocam disforia.
De acordo como o DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 4º Ed), para transtorno da personalidade esquiva deve-se apresentar no mínimo quanto dos seguintes critérios:
De acordo como o DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 4º Ed), para transtorno da personalidade esquiva deve-se apresentar no mínimo quanto dos seguintes critérios:
- evita atividades ocupacionais que envolvam contato interpessoal significativo, por medo de críticas, desaprovação ou rejeição;
- reluta envolver-se com pessoas, a menos que tenha certeza de sua consideração;
- mostra-se reservado em relacionamentos íntimos, em razão de medo de passar vergonha ou ser ridicularizado;
- preocupação com críticas ou rejeição em situações sociais;
- inibição em novas situações interpessoais, em virtude de sentimentos de inadequação;
- vê a si mesmo como socialmente inepto, sem atrativos pessoais, ou inferior;
- extraordinariamente fechado em assumir riscos pessoais ou envolver-se em quaisquer novas atividades, porque estas poderiam ser embaraçosas.
O processo terapêutico com pessoas com TPE pode ser mais lento, por serem mais reservados e cuidadosos com um contato mais íntimo e à exposição de si.
A terapia ajuda a pessoa a se libertar com mais segurança, aumentando sua autoestima e melhorando sua qualidade de vida.
Fonte: terapia cognitiva dos transtornos de personalidade. Artes Médicas, Porto Alegre, 1993. (Original publicado em 1990).
Diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. 4a edição. Porto Alegre: Artes Médicas; 1995
Para saber mais:
http://goo.gl/LTEsC
Nenhum comentário:
Postar um comentário