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segunda-feira

transtorno da personalidade obsessivo-compulsiva




“Se vale a pena fazer. Vale a pena fazer bem feito.
Um homem prevenido vale por dois.
Um lugar para cada coisa.”



A pessoa com o transtorno da personalidade obsessivo-compulsiva (TPOC), que começa no início da idade adulta, tem como características exagerada preocupação com organização, perfeccionismo e controle mental. Geralmente são indecisos, inflexíveis e possuem poucas habilidades emocionais e cognitivas.
O problema mais comum que leva a pessoa com TPOC a tratamento é alguma forma de ansiedade. Se estiverem vivendo conflitos externos a ansiedade pode aumentar a ponto de se tornar crônica e até se transformar em um transtorno do pânico. O excesso de preocupação pode se transformar também em transtornos psicossomáticos (problema físico que tem seu ponto de partida em um aspecto psicológico), como, dor de cabeça, dor nas costas e úlceras. Outro motivo que levam essas pessoas ao tratamento é a depressão. Em geral, compulsivos levam uma vida monótona, aborrecida e insatisfatória sofrendo de uma depressão crônica leve. Muitos indivíduos com TPOC também sofrem de obsessões e compulsões específicas (ver: transtornoobsessivo-compulsivo) e se queixam de problemas sexuais do tipo, desejo sexual inibido, incapacidade de ter orgasmo e ejaculação precoce.
De acordo como o DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 4º Ed), para transtorno da personalidade obsessivo-compulsiva são necessários no mínimo quatro dos seguintes critérios:
  • Preocupação tão extensa com detalhes, regras, listas, ordens, organização ou horários, que o ponto principal da atividade é perdido;
  • perfeccionismo que interfere na conclusão de tarefas;
  • dedicação excessiva ao trabalho e à produtividade, em perda de atividades de lazer e amizades
  • excessiva conscienciosidade , escrúpulos e inflexibilidade em questões de moralidade, ética ou valores
  • incapacidade de desfazer-se de objetos usados ou inúteis, mesmo quando não têm valor sentimental
  • relutância em delegar tarefas ou trabalhar em conjunto com outras pessoas, a menos que estas se submetam ao seu modo exato de fazer as coisas 
  • adoção de um estilo miserável quanto a gastos pessoais e com outras pessoas; o dinheiro é visto como algo que deve ser reservado para catástrofes futuras
  • rigidez e teimosia.
Quando se fala da história da pessoa com TPOC, há fatores que podem contribuir para esse desenvolvimento de personalidade como, a criação em um ambiente familiar rígido e controlador. Isso resulta em um desejo de total controle sobre si mesmo e sobre seu ambiente.
De acordo com abordagem cognitiva, pensamentos direcionados a evitar erros e ter controle sobre as coisas são comuns, como: “Preciso evitar erros a todo custo”; “Erros são intoleráveis”; “Posso evitar desastres se me preocupar com eles”.
No tratamento, além de objetivos de ajudar o paciente a resolver os problemas que o trouxe a terapia, sejam físicos, ou emocionais é importante estabelecer objetivos e etapas de tratamento. Estabelecer agenda de rotina, fazer o registro de pensamentos automáticos relacionados aos problemas trazidos pela pessoa, ajudá-lo a programar atividades prazerosas, fazer experimentos para testar seus pensamentos disfuncionais e outras técnicas que ajudam a pessoa a direcionar melhor seus pensamentos, diminuir a ansiedade e a realizar tarefas com menos esforço e mais prazer. São diferentes técnicas utilizadas que têm o objetivo de ajudar a pessoa com TPOC a melhorar sua qualidade de vida mudando a maneira de pensar em relação aos problemas diários a ao controle excessivo pelas coisas. Possibilitando assim viver de maneira mais tranquila e prazerosa.

Fonte:terapia cognitiva dos transtornos de personalidade. Artes Médicas, Porto Alegre, 1993. (Original publicado em 1990).
Diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. 4a edição. Porto Alegre: Artes Médicas; 1995

Para saber mais:
http://goo.gl/pofBV

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