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terça-feira

Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)

O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) se define pela presença de obsessões e/ou compulsões identificadas em algum momento do transtorno. Para entender melhor tal conceito é importante saber sobre a obsessão e a compulsão.
A primeira se refere a pensamentos, imagens ou impulsos recorrentes, persistentes, estereotipados que são experimentados como intrusos e inadequado causando ansiedade e sofrimento. Sujeira, contaminação, dúvidas obsessivas (conferir algo várias vezes) são alguns exemplos de tipos de obsessão. A compulsão se refere a atos, comportamentos compulsivos e repetitivos que a pessoa se sente obrigada a executar em resposta a uma obsessão ou para prevenir algum evento temido (pensamento mágico), ex: acender a apagar a luz várias vezes, pois se não fizer isto, alguém vai morrer.
O transtorno obsessivo-compulsivo é considerado o mais grave das neuroses, podendo resultar em um transtorno depressivo recorrente dependendo da gravidade dos sintomas obsessivos, e também pode desencadear transtornos alimentares, fobias e transtorno do pânico. É igualmente comum em homens e mulheres e sua tendência é que se instale na adolescência, mas pode também aparecer na infância. Uma vez instalado tende a ter evoluções crônicas, podendo se agravar quando o sujeito vive situações de estresse. Não existe uma causa única para esse transtorno, mas há um padrão hereditário 
As pessoas com esse transtorno não sentem prazer em seus pensamentos de execução tentando resistir e ignorá-los, porém sem sucesso. Causam ansiedade, ocupam e consomem tempo causando danos pessoais e sofrimento. A pessoa pode ficar horas lavando as mãos, por medo de contaminação, pode guardar e colecionar muitas coisas em casa, mesmo velhas, acreditando que um dia elas serão úteis, o ciúmes irracional que pode deixar a pessoa por muito tempo pensando em algo dessa natureza, o indivíduo se torna meticuloso nas organizações, como roupas e objetos ocupando muito tempo nos afazeres diários e no trabalho, podendo resultar em prejuízos na vida pessoal, social e profissional.
As intervenções cognitivas no TOC são eficazes por causa da modificação de avaliação e de crenças deficientes, a mudança cognitiva seria uma consequência de mudanças de comportamento compulsivo. Ameaça superestimada, grandeza pessoal, intolerância a incerteza, perfeccionismo e controle de pensamentos são alguns exemplos de crenças consideradas nas obsessões.
As inovações da terapia cognitiva, como a descoberta orientada, a exposição e prevenção de respostas, a avaliações alternativas da obsessão, a reestruturação cognitiva e a experimentação comportamental são ingredientes terapêuticos fundamentais para o tratamento do TOC e para a prevenção de recaídas.

Fonte: ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Classificação de transtornos mentais  e de comportamento da cid-10: casos clínicos de adultos - as várias faces dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
 LEAHY, Robert L. (org). Terapia cognitiva contemporânea: teoria,pesquisa e prática. Porto Alegre: Artmed, 2010.
ROSARIO-CAMPOS, Maria Conceição do  and  MERCADANTE, Marcos T. Transtorno obsessivo-compulsivo. Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 2000, vol.22, suppl.2, pp. 16-19. ISSN 1516-4446.  http://dx.doi.org/10.1590/S1516-44462000000600005.

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