A primeira se refere a
pensamentos, imagens ou impulsos recorrentes, persistentes, estereotipados que
são experimentados como intrusos e inadequado causando ansiedade e sofrimento.
Sujeira, contaminação, dúvidas obsessivas (conferir algo várias vezes) são alguns
exemplos de tipos de obsessão. A compulsão se refere a atos, comportamentos
compulsivos e repetitivos que a pessoa se sente obrigada a executar em resposta
a uma obsessão ou para prevenir algum evento temido (pensamento mágico), ex:
acender a apagar a luz várias vezes, pois se não fizer isto, alguém vai morrer.
O transtorno
obsessivo-compulsivo é considerado o mais grave das neuroses, podendo resultar
em um transtorno depressivo recorrente dependendo da gravidade dos sintomas
obsessivos, e também pode desencadear transtornos alimentares, fobias e
transtorno do pânico. É igualmente comum em homens e mulheres e sua tendência é
que se instale na adolescência, mas pode também aparecer na infância. Uma vez
instalado tende a ter evoluções crônicas, podendo se agravar quando o sujeito
vive situações de estresse. Não existe uma causa única para esse transtorno,
mas há um padrão hereditário
As pessoas com esse
transtorno não sentem prazer em seus pensamentos de execução tentando resistir e
ignorá-los, porém sem sucesso. Causam ansiedade, ocupam e consomem tempo
causando danos pessoais e sofrimento. A pessoa pode ficar horas lavando as
mãos, por medo de contaminação, pode guardar e colecionar muitas coisas em
casa, mesmo velhas, acreditando que um dia elas serão úteis, o ciúmes irracional
que pode deixar a pessoa por muito tempo pensando em algo dessa natureza, o indivíduo se
torna meticuloso nas organizações, como roupas e objetos ocupando muito tempo
nos afazeres diários e no trabalho, podendo resultar em prejuízos na vida
pessoal, social e profissional.
As intervenções
cognitivas no TOC são eficazes por causa da modificação de avaliação e de
crenças deficientes, a mudança cognitiva seria uma consequência de mudanças de
comportamento compulsivo. Ameaça superestimada, grandeza pessoal, intolerância a incerteza, perfeccionismo e controle de pensamentos são alguns exemplos de crenças consideradas nas obsessões.
As inovações da terapia cognitiva, como a descoberta orientada, a exposição e prevenção de respostas, a avaliações alternativas da obsessão, a reestruturação cognitiva e a experimentação comportamental são ingredientes terapêuticos fundamentais para o tratamento do TOC e para a prevenção de recaídas.
As inovações da terapia cognitiva, como a descoberta orientada, a exposição e prevenção de respostas, a avaliações alternativas da obsessão, a reestruturação cognitiva e a experimentação comportamental são ingredientes terapêuticos fundamentais para o tratamento do TOC e para a prevenção de recaídas.
Fonte: ORGANIZAÇÃO
MUNDIAL DA SAÚDE. Classificação de transtornos mentais e de comportamento da cid-10: casos clínicos
de adultos - as várias faces dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1998.
LEAHY, Robert L. (org). Terapia cognitiva
contemporânea: teoria,pesquisa e prática. Porto Alegre: Artmed, 2010.
ROSARIO-CAMPOS, Maria Conceição do
and MERCADANTE, Marcos T.
Transtorno obsessivo-compulsivo. Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 2000, vol.22,
suppl.2, pp. 16-19. ISSN 1516-4446. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-44462000000600005.
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