Quem sou eu

Minha foto
PSICÓLOGA: Atendimento Clínico: CRP04\37454 Contato: 31-84350101\ 31-25144487 - e-mail: diana.pires.psi@gmail.com

sexta-feira

Efeitos do videogame

Acesse o link: Efeitos do videogame:


Link: Efeitos do videogame

O link indicado acima se refere a um texto publicado no site da revista Mente e Cérebro e aborda um assunto muito atual: Qual a consequência do uso de jogos eletrônicos em crianças? Sabe-se que o uso precoce e prolongado é prejudicial causando menor desenvolvimento das habilidades linguísticas, dificuldades na escrita e leitura, resultando até em mudanças de comportamento.
Por outro lado, o texto mostra que a tecnologia pode também ser positiva em vários aspectos no desenvolvimento humano.


segunda-feira

Alienação Parental



A síndrome de alienação parental (SAP) foi definida, na década de 1980, pelo psiquiatra norte americano Richard Gardner, como um distúrbio infantil que afeta crianças e adolescentes envolvidos em situações de disputa de guarda entre os pais. No Brasil, a Lei da Alienação Parental, 12.318 foi sancionada no dia 26 de agosto de 2010. Essa prevê medidas que vão desde o acompanhamento psicológico até a aplicação de multa, ou mesmo a perda da guarda da criança a pais que estiverem alienando os filhos. A Lei da Alienação Parental, 12.318 foi sancionada no dia 26 de agosto de 2010.
Os casos mais frequentes da Síndrome da Alienação Parental estão associados a situações onde o rompimento da vida conjugal gera em um dos genitores, uma predisposição vingativa muito grande. Isso quando este não consegue ou não aceita a separação. A partir disso, inicia-se o processo de destruição, vingança, desmoralização e descrédito do ex-cônjuge. Neste processo vingativo, o filho é utilizado como instrumento da agressividade direcionada ao parceiro. Estes processos de alienação causam nas crianças/adolescentes grandes danos emocionais e psíquicos, pois estes se tornam um alvo claro para a destruição do “objeto de ódio” do genitor alienante. Destruir este alvo é a forma que o alienador encontra de “matar” a frustração pela perda vivida, sem levar em conta o resultado final, ou seja, o dano causado aos filhos.
A Criança Alienada apresenta um sentimento constante de raiva e ódio contra o genitor alienado e sua família, se recusa a dar atenção, visitar, ou se comunicar com o outro genitor e guarda sentimentos e crenças negativas sobre o outro genitor, que são inconsequentes, exageradas ou inverossímeis com a realidade. A participação de um psicólogo no processo de separação dos pais é essencial para ajudar tanto os pais quando a criança nesse período, que pode desencadear futuros problemas para a criança, como: distúrbios psicológicos como depressão, ansiedade e pânico, utilização drogas e álcool como forma de aliviar a dor e culpa da alienação; ato suicida, baixa autoestima e não conseguir uma relação estável, quando adultas.
O que se pretende orientar aqui é o cuidado que os pais devem ter nesse tipo de processo de separação para com seus filhos. Colocar o bem estar da criança como prioridade é uma garantia que os pais devem dar para que cresçam sem nenhum tipo de sofrimento psíquico. Portanto o papel do psicólogo nesse contexto é essencial para a proteção psicológica da criança. Porém, muitas vezes o psicólogo atua no problema quando esse chega à justiça, ou seja, já houve muitos prejuízos para a criança.
A Guarda Compartilhada seria a melhor opção e a que melhor atende às necessidades da criança após a separação dos pais, pelo aspecto fundamental da estruturação dos vínculos parentais e do convívio saudável e equilibrado com ambos, não há perdas de referências, não há dificuldades de relacionamentos, todas as questões importantes são resolvidas com a maturidade emocional necessária - e essa maturidade dos pais são exemplos para os filhos.

Fonte: SOUSA, Analícia Martins de  and  BRITO, Leila Maria Torraca de. Síndrome de alienação parental: da teoria Norte-Americana à nova lei brasileira. Psicol. cienc. prof. [online]. 2011, vol.31, n.2, pp. 268-283. ISSN 1414-9893.  http://dx.doi.org/10.1590/S1414-98932011000200006. 
LAGO, Vivian de Medeiros  and  BANDEIRA, Denise Ruschel. A Psicologia e as demandas atuais do Direito de família. Psicol. cienc. prof. [online]. 2009, vol.29, n.2, pp. 290-305. ISSN 1414-9893.  http://dx.doi.org/10.1590/S1414-98932009000200007. 
Para saber mais:



terça-feira

Agorafobia


“Em setembro de 1999, estava o paciente andando pelas imediações de sua residência quando subitamente notou seu coração acelerado, sudorese intensa, boca seca, falta de ar e dores no peito; desesperou-se achando que iria ter um "infarto". Foi levado por sua mãe ao pronto socorro, e após exames físicos sem anormalidades, o médico plantonista medicou o paciente com diazepan e explicou que "havia sido uma crise de ansiedade”, liberando-o em seguida.” 1
“Seu primeiro ataque de pânico ocorreu quando estava em um ônibus que vinha de Petrópolis para o Rio de Janeiro, vindo da casa de seus pais, que passavam uma temporada de férias naquela cidade. Os seus sintomas consistiram em uma forte taquicardia, sensações de falta de ar, tontura, ondas de frio e calor, sudorese, tremores internos e ideias de morte iminente por ataque cardíaco. Em decorrência disso, passou a evitar andar de ônibus, elevador, avião, passar em túneis e viadutos, e evitava também engarrafamentos.“ 2

Pode-se dizer que os dois relatos acima apresentam uma mistura de ataques de pânico, medo e ansiedade característicos da Agorafobia. Este distúrbio da ansiedade se resume basicamente pelo próprio medo de ter medo, de sentir mal em lugares como: festas, ônibus lotado, pontes, filas, trem ou automóvel. O medo desencadeia um comportamento de evitação provocado por lugares ou situações onde sair seria difícil ou embaraçoso caso se tenha uma crise de pânico ou algum mal estar. À medida que a pessoa começa a evitar lugares essenciais à sua vida ela passa por muitas dificuldades que influenciam sua qualidade de vida. A relação entre a agorafobia e o pânico é bem próxima. Existe transtorno do pânico sem agorafobia, mas a agorafobia sem pânico é incomum, havendo até mesmo quem afirme que não existe agorafobia isoladamente. As crises de pânico são bastante desagradáveis, mas não afetam o ritmo de vida como a agorafobia faz: torna os pacientes dependentes de outras pessoas para sair de casa e fazer as coisas mais elementares como comprar um pão na padaria. Pode até impedir o paciente de ir ao trabalho, ao médico, de ajudar quem dele precisa.

O tratamento pode ser feito pela combinação de medicamento mais a terapia cognitivo-comportamental (TCC). Como característico da TCC, técnicas serão aplicadas, afim de, diminuir os sintomas fóbicos, a ansiedade antecipatória e preparar o paciente para enfrentar futuras recaídas. 

Fonte: 1: D'EL REY, Gustavo J. Fonseca.Exposição ao vivo no tratamento de agorafobia: relato de caso.Psicol. cienc. prof. [online]. 2002, vol.22, n.4, pp. 80-85. ISSN 1414-9893.  http://dx.doi.org/10.1590/S1414-98932002000400010.
2: RANGE, Bernard. Tratamento cognitivo-comportamental para o transtorno de pânico e agorafobia: uma história de 35 anos. Estud. psicol. (Campinas) [online]. 2008, vol.25, n.4, pp. 477-486. ISSN 0103-166X.  http://dx.doi.org/10.1590/S0103-166X2008000400002.