A depressão é algo que todos conhecem, já ouviram falar ou já experimentaram na pele tal enfermidade. A Organização Mundial da Saúde acredita que em 2020 o trastorno depressivo será a segunda maior causa de má saúde perdendo apenas para as doenças isquêmicas do coração e que ocupa hoje o quarto lugar das doenças existentes no mundo. Pretende-se aqui, esclarecer o que é a depressão, seus sintomas e o tratamento que a Terapia Cognitiva oferece.
É uma doença que afeta o estado de humor da pessoa, deixando-a com um predomínio anormal de tristeza. Todas as pessoas, homens e mulheres, de qualquer faixa etária, podem ser atingidas, porém mulheres são duas vezes mais afetadas que os homens. Em crianças e idosos a doença tem características particulares.
O transtorno depressivo está classificado de várias maneiras por diversos autores e por diversas classificações internacionais. Por isso é muito mais importante entender os conceitos relacionados aos transtornos depressivos independente da variedade de denominações.
Inicialmente é importante diferenciar se a pessoa está deprimida ou é deprimida. Quando se está deprimido significa estar momentaneamente com sintomas depressivos por causa de situações que podem causar sofrimento emocional, como por exemplo a depressão pós parto e a perda de um ente querido. Nesse caso fala-se em Depressão Reativa. Quando se é deprimido significa dizer que ao longo da história de vida emocional houve vários momentos depressivos sem motivos aparentes (fatores externos) ou quando apresenta algum motivo ele é desproporcional na sua intensidade e duração. É chamada de Depressão Maior quando as pessoas possuem um perfil afetivo propenso à depressão, têm com freqüência antecedentes familiares (fator hereditário).
Os sintomas da depressão devem estar presentes quase todos os dias, na maior parte do dia e por um período prolongado de tempo. Usando como referência a Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10, (2008) nas variedades da depressão o indivíduo pode apresentar características comuns em destaque como:
- humor deprimido;
- perda de interesse e prazer;
- energia reduzida levando a cansaço elevado diminuindo a atividade normal;
- concentração e atenção reduzidas;
- autoestima e autoconfiança reduzidas;
- ideias de culpa e inutilidade;
- visões pessimistas do futuro;
- ideias ou atos autolesivos ou suicídio;
- sono perturbado;
- apetite diminuído.
Se a pessoa se identifica com alguns desses sintomas há um tempo é importante procurar ajuda, determinar o tipo da depressão e assim iniciar o tratamento correto.
Na perspectiva da Terapia Cognitiva e através de pesquisas (Aaron T. Beck – 1961,1963 e Beck - 1976,1979) houve a constatação de que as experiências pessoais nos levam a formar ideias sobre nós mesmos e sobre o mundo interferindo em nossos pensamentos, emoções e comportamentos. Aqueles que tendem a depressão são considerados disfuncionais, por terem um conhecimento sobre si, sobre o mundo e sobre o futuro rígido e desproporcionalmente negativo. Isso leva a pessoa a uma vulnerabilidade à depressão.
A Terapia Cognitiva vai ajudar a pessoa a entender melhor o funcionamento de sua mente para proporcionar um melhor equilíbrio interno. Inicialmente o terapeuta vai fazer com que a pessoa se torne mais flexível em suas análises cognitivas e assim promover mudanças em suas emoções e comportamentos. A readaptação dos pensamentos pode trazer alterações positivas também nas emoções e comportamentos.
A terapia então vai ajudar na soluções de problemas usando várias técnicas e capacitando a pessoa a responder de forma funcional às situações vividas. Há uma relação colaborativa entre o terapeuta cognitivo e o paciente, na qual ambos têm um papel ativo ao longo do processo psicoterápico.
A Terapia Cognitiva promove correções, readaptando os sentimentos e atitudes.
Fonte: LEAHY, Robert L. (org). Terapia cognitiva contemporânea: teoria,pesquisa e prática. Porto Alegre: Artmed, 2010.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Classificacao de transtornos mentais e de comportamento da cid-10: casos clinicos de adultos - as varias faces dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. 230 p. ISBN 85-7307-330-6
http://www.escolapsicologia.com/compreender-depressao-sintomas-causas-tratamento/
http://www.youtube.com/watch?v=Lav-0QpLqjA
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