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quinta-feira

Estresse



Nossos pensamentos e imaginações são acompanhados de emoções como sugere a terapia cognitiva. Essas emoções podem variar entre positivas e negativas. O que acontece na sociedade atual é a frequente pressão em que as pessoas são expostas no dia-a-dia. Os diversos desafios enfrentados podem acarretar consequências físicas e psicológicas conhecida como estresse.
Pensamentos negativos frequentes de incapacidade, desgaste e frustração diante um problema podem resultar em sensações de medo, desconforto e preocupação. Para alguns essas emoções ajudam a solucionar o problema, mas para outros transformam em estresse físico e/ou psicológico.
O estresse positivo é aquele em fase inicial (“fase de alerta”). O organismo produz adrenalina que dá ânimo, vigor e energia, fazendo a pessoa produzir mais e ser mais criativa. É a fase da produtividade. Ninguém consegue ficar em alerta por muito tempo, pois o stress se transforma em excessivo quando dura demais.
O estresse negativo é aquele com excesso e com maior duração. Ocorre quando a pessoa ultrapassa seus limites e esgota sua capacidade de adaptação. A produtividade e a capacidade de trabalho ficam muito prejudicadas. A qualidade de vida sofre danos. Posteriormente, a pessoa pode vir a adoecer apresentando sintomas de grande ansiedade e até depressão.
Os sintomas psicológicos podem ser: ansiedade, tensão, confusão, irritabilidade, frustração, ira, ressentimento, hipersensibilidade, dificuldade na comunicação com as pessoas, afastamento social, insatisfação com o trabalho, com a vida, desgaste mental, prejuízo do funcionamento intelectual, perda da concentração, da espontaneidade, da criatividade e da autoestima.
Os sintomas físicos do estresse: Aumento da pressão sanguínea, problemas gastrointestinais, fadiga física, sudorese, problemas de pele, dor de cabeça, distúrbios do sono.
Sintomas comportamentais do estresse são: “Deixar para amanhã”, evitação do trabalho, menor produtividade nas tarefas, uso e abuso do álcool e drogas e descontrole alimentar.
A terapia cognitiva vai ajudar a pessoa a avaliar as situações estressantes, como também e reavaliar seus pensamentos diante esses acontecimentos. O trabalho terapêutico envolve habilidades para solucionar os problemas e a evitar que os futuros fatores externos e as mudanças causem novamente estresse na vida da pessoa. Voltar à produtividade diária é muito importante para a saúde física e mental do indivíduo.

Fonte: DRESSLER, William W.; BALIEIRO, Mauro Campos  and  SANTOS, José Ernesto dos. Culture and psychological distress. Paidéia (Ribeirão Preto) [online]. 2002, vol.12, n.22, pp. 5-18. ISSN 0103-863X.  http://dx.doi.org/10.1590/S0103-863X2002000100002. 


Para saber mais:

quarta-feira

Vigorexia




As sociedades contemporâneas apresentam uma preocupação exagerada com os padrões de beleza, nas quais há uma verdadeira "divinização" do corpo bonito. Isto tem contribuído para o aumento da insatisfação com a imagem corporal que resulta negativamente em alguns aspectos da vida dos indivíduos, incluindo o comportamento alimentar, psicossocial, físico e cognitivo tanto como a autoestima. Com o objetivo de alcançar uma satisfação com a imagem corporal, correspondente aos ideais estéticos da "cultura", é cada vez mais evidente que as pessoas estão recorrendo a dietas, ao exercício físico exagerado e outras mudanças de comportamento que resultam em transtornos alimentares (ver: Transtornos alimentares) como a bulimia (ver: bulimia), anorexia (ver: anorexia) e a vigorexia.
A vigorexia é um transtorno dismórfico muscular ou Síndrome de Adônis (em referência ao mitológico ideal de beleza masculina, Adônis) caracterizada por uma insatisfação constante com o corpo levando a pessoa às práticas exaustivas de exercícios físicos. Isso ocorre quando o volume e a intensidade de exercício físico praticado por um indivíduo excede a sua capacidade de recuperação, e pode-se somar ao fato de apresentar uma auto-imagem distorcida. 
Os sintomas da vigorexia se destacam pela obsessão em tornar-se musculosos. Essas pessoas olham-se constantemente no espelho e, apesar de musculosos, podem ver-se enfraquecidos ou distantes de seus ideais. Acreditam que estão "incompletos", fazendo com que invistam todas as horas possíveis em exercícios e ginásticas para aumentar sua musculatura. Afeta principalmente o sexo masculino que praticam com frequência o fisiculturismo, esporte que mais comumente se relaciona com este tipo de transtorno, porém não se pode afirmar que todas as pessoas que o praticam tenham vigorexia. O problema geralmente se inicia na adolescência, período onde, naturalmente, as pessoas tendem a ser insatisfeitas com o próprio corpo procurando formas mágicas de se adaptarem aos padrões sociais. Na adolescência existe uma pressão para as meninas se manterem magras e uma cobrança para que os meninos fiquem fortes e musculosos.
Estas pessoas possuem alguns traços característicos de personalidade, costumam ter baixa autoestima e muitas dificuldades em interagir socialmente, costumam ser introvertidas e podem rejeitar a própria imagem corporal.
Dificilmente um indivíduo vigoréxico, assim como o anoréxico, procura ajuda especializada, primeiro porque não tem consciência de seu problema e segundo por medo que as medidas de tratamento o distanciem do corpo que deseja. O acompanhamento psicológico é sempre indicado. Ajuda a pessoa a reconhecer seus pensamentos disfuncionais em relação ao seu corpo e sua identidade, auxilia na elaboração de habilidades para lidar com o problema, assim como, aumentar a autoestima e diminuir o medo de fracassar socialmente.

Fonte: PETROSKI, Edio Luiz; PELEGRINI, Andreia  and  GLANER, Maria Fátima. Motivos e prevalência de insatisfação com a imagem corporal em adolescentes. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2012, vol.17, n.4, pp. 1071-1077. ISSN 1413-8123.  http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232012000400028. 
BEHAR, ROSA  y  MOLINARI, DANIELA. Dismorfia muscular, imagen corporal y conductas alimentarias en dos poblaciones masculinas. Rev. méd. Chile [online]. 2010, vol.138, n.11, pp. 1386-1394. ISSN 0034-9887.  doi: 10.4067/S0034-98872010001200007. 

Para saber mais:
http://goo.gl/cfqUI


terça-feira

Transtorno Bipolar




O Transtorno Bipolar (TB) tem como característica, alterações de humor que se manifestam como episódios depressivos e alternando-se com episódios de euforia e bom humor (também denominados de mania), em diferentes graus de intensidade. Existem diferentes tipos desse transtorno. As pessoas com transtorno bipolar do tipo I apresentam pelo menos um episódio maníaco e períodos de depressão profunda. As pessoas com transtorno bipolar do tipo II apresentam episódios de depressão, porém as fases de euforia são mais leves. E por último, uma forma leve de transtorno bipolar chamada ciclotimia que envolve oscilações de humor menos graves.
Nos episódios depressivos pode haver alterações de apetite e do sono, dificuldades de concentração e pensamentos de cunho negativo, incapacidade de sentir alegria ou prazer, redução da energia, agitação psicomotora ou, ao contrário, lentificação, podendo ocorrer ideação suicida e/ou sintomas psicóticos. Nos períodos de mania ou euforia, o paciente apresenta elevação do humor, aceleração da psicomotricidade, aumento de energia e ideias de grandeza, as quais podem ser até delirantes.
O TB afeta homens e mulheres igualmente e geralmente tem início entre os 15 e 25 anos. Estudos sugerem que o transtorno tenha uma base genética sendo que pessoas com históricos familiares têm mais chances de desenvolvê-lo. A evolução precoce do transtorno bipolar pode prejudicar o processo de desenvolvimento normal da personalidade uma vez que a pessoa apresenta comportamentos desadaptativos ou estratégias de enfrentamento disfuncionais das situações diárias. O indivíduo possui uma necessidade de aprovação social, perfeccionismo, pouca habilidade para resolver problemas e apresentam autoestima variável, podendo ser sensíveis a eventos que alterem sua autoavaliação. Pensamentos negativos e dicotômicos são comuns em pessoas bipolares que ao se relacionarem com os acontecimentos negativos da vida causam extremo estresse e alteram o humor.
A terapia cognitiva ajuda a pessoa a criar habilidades para resolução de problemas como também a identificar e alterar os pensamentos e comportamentos desadaptativos. Ajuda também a identificar estressores que podem alterar o humor da pessoa e assim criar alternativas para lidar com isso. A medicação (moderadores de humor) é essencial para o tratamento e juntamente com a terapia auxilia na melhora dos sintomas e nas relações interpessoais da pessoa como também no enfretamento de futuras recaídas.
Alguns sintomas podem aparecer tanto na fase eufórica quanto na fase depressiva.
A fase maníaca pode durar dias ou meses. Alguns possíveis sintomas são:
  • Distraise facilmente
  •  Redução da necessidade de sono
  • Capacidade de discernimento diminuída
  • Pouco controle do temperamento
  • Compulsão alimentar, beber demais e/ou uso excessivo de drogas
  • Capacidade de discernimento diminuída
  • Sexo com muitos parceiros (promiscuidade)
  • Gastos excessivos
  • Atividade em excesso (hiperatividade)
  • Aumento de energia
  • Pensamentos acelerados que se atropelam
  • Fala em excesso
  • Autoestima muito alta (ilusão sobre si mesmo ou habilidades)
  • Grande envolvimento em atividades
  • Grande incomodação (agitação ou irritação)
  • Esses sintomas da mania ocorrem com o transtorno bipolar I. Nas pessoas com transtorno bipolar II, os sintomas da mania são similares, mas menos intensos.

A fase depressiva nos dois tipos de transtorno bipolar apresenta os seguintes sintomas:

  • Desânimo diário ou tristeza
  • Dificuldade de se concentrar, de lembrar ou de tomar decisões
  • Perda de peso e perda de apetite
  • Comer excessivamente e ganho de peso
  • Fadiga ou falta de energia
  • Sentir-se inútil, sem esperança ou culpado
  • Perda de interesse nas atividades que antes eram prazerosas
  • Baixa autoestima
  • Pensamentos sobre morte e suicídio
  • Problemas para dormir ou excesso de sono
  • Afastamento dos amigos ou das atividades que antes eram prazerosas
O risco de tentativas de suicídio em pessoas com transtorno bipolar é grande. Os pacientes podem abusar do álcool ou de outras substâncias, piorando os sintomas e o risco de suicídio. Portanto, o transtorno bipolar é bastante variável e de difícil diagnóstico. Por isso é importante procurar ajuda o quanto antes.

Fonte: ALDA, Martin.Transtorno bipolar. Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 1999, vol.21, suppl.2, pp. 14-17. ISSN 1516-4446.  http://dx.doi.org/10.1590/S1516-44461999000600005. 
 Leahy RL. Terapia cognitiva contemporânea: 
teoria, pesquisa e prática. Porto Alegre: Artmed; 2010. p. 305-25.


Para saber mais:
http://goo.gl/OUcw1
http://goo.gl/FKn0E